No Técnico existem
Com o nome de mulheres
Para engenheiras serem
Evita-as se puderes...
Elas são:
Fogo que arde e não se vê
Pois no género só se lê
Em livros cinetíficos
E no género só muito específicos
São seres esquisitos
Que para raros serem
Têm todos os requisitos
Esperem nunca terem
De ver uma pela frente
Pois ela é fria e quente
E a uma vista alarmante
Segue-se um sentimento arrepiante
Tenham pena de mim
Sou homem e a chegar ao fim
Perdoem-me se me apaixonei
E por um bicho destes errei
Estou com a corda ao pescoço
Mesmo junto a um fosso
Tenho ao meu lado uma farfalhuda
Cruel engenheira cabeluda!
Adeus mundo cruel
Já que me destinaste
A este bicho fiel
Que tão bem ensinaste
Ela só pensa em casar
E eu em me matar
Se ela continuar assim
Pois teria um triste fim
Já não posso mais
Ela é demais
Fala-me em marrar
E a seguir em casar!
Ou depressa sou engenheiro
Ou fujo para o estrangeiro
Senão um dia ata-me
E ou caso ou matam-me!
Alexandre Chamusca
1989
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