Manifesto Pessoal sobre o
Covid 19
Por: Alexandre Chamusca
Data: 07/03/2020
Como cidadão preocupado e atento, sinto-me indignado!
Indignado
e enganado!
Estamos a 07/03/2020.
Desde quando é que o governo e as
autoridades competentes sabem da existência e da gravidade do vírus Covid 19?
O que é que têm informado à população?
Que não nos
devemos preocupar e que devemos fazer a nossa vida normal…
O que é que isto pressupõe?
Que o governo e as
autoridades competentes estão a fazer tudo o que está ao seu alcance para controlar
e conter o problema, desenvolvendo todas as ações preventivas e informativas
para evitar a desinformação e práticas desadequadas que facilitem o contágio,
antes que ele possa acontecer…
Pergunto:
· A
principal função do governo e das autoridades competentes não será proteger e
salvaguardar a sua população por todos os meios possíveis? É isso que tem
feito?
· O que
diferencia uma sociedade supostamente mais avançada, como é suposto ser a de
qualquer país Europeu, não será ter confiança em quem nos governa e nas
instituições públicas que nos assistem?
· Têm
controlado convenientemente os turistas à chegada nos aeroportos, estações de
comboio e outros meios de transporte?
· Não
tiveram tempo para garantir o uso generalizado das máscaras adequadas à
proteção da sua população, a preços não especulativos?
· Fizeram
tudo o que estava ao seu alcance para prevenirem a população dos reais riscos
de contágio deste vírus? Instituíram procedimentos de higiene nas instituições
publicas, no sentido de habituar a população a usar diariamente máscaras, a não
se cumprimentarem com contactos pessoais e a desinfetarem as mãos nos locais de
trabalho e locais públicos?
· Para quem
serve “o bem público” não deveria ser uma prioridade lutar por todos os meios
possíveis para evitar que qualquer dos seus cidadãos ficasse doente ou morresse
de um contágio anunciado? É isso que têm feito qualquer dos representantes politicamente
eleitos pela população ativa deste país?
· Será que
se ganha a confiança da população dizendo para todos fazerem a sua vidinha
normal e que não há razão para alarme? Será razoável deixarem concidadãos nossos
estarem contaminados, famílias a sofrer, instituições e empresas a fechar parcial
ou totalmente para então soar o alarme?
· Será
razoável deixar que se esgotem no mercado, máscaras e produtos desinfetantes de
todo o tipo para então começarem a pensar no que se deve fazer para evitar o
contágio massivo da população?
· Estão à
espera que os transportes públicos e privados andem às moscas e locais públicos
fiquem desertos, espetáculos cancelados, hotéis e restaurantes vazios para
então começarem a pensar no que se deve fazer para evitar o contágio massivo da
população?
É que tudo a que eu me refiro está a acontecer e quem
devia zelar pelos interesses da população parece estar mais preocupado em
calcular qual poderá ser o número de mortos e infetados e qual será o impacto
na economia deste contágio que nunca lhes inspirou cuidados de maior, para
pedirem apoios e subsídios à comunidade europeia…
E os mortos? Quem se responsabiliza por eles?
E as empresas? Quem se responsabiliza por elas?
E por nós, carneirinhos a caminho do matadouro, ninguém se
responsabiliza pela inevitabilidade do nosso conformismo?
Antes que seja tarde demais, acordem!
Reajam e não se
deixem contagiar, sofrer e morrer indignamente só por acharem que estamos a ser
bem governados e que nada se pode fazer para evitar que isto aconteça.
Alexandre Chamusca
Um cidadão português como outro qualquer